segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Como aliviar os efeitos do tempo seco


 
A queda na umidade do ar tira o conforto, principalmente, das crianças e das grávidas. Ensinamos atitudes simples para você driblar esses incômodos
Grávidas

1. Quais cuidados a gestante deve tomar quando o tempo está seco?
É importante que a gestante não descuide da hidratação. Por isso, vale beber mais água e sucos do que o normal. “A desidratação pode levar à redução no volume de sangue que circula pela placenta, prejudicando, assim, a oxigenação e a nutrição do bebê”, explica Mariangela Maluf, ginecologista e obstetra do Centro Especializado em Reprodução Humana, de São Paulo.

2. É necessário mudar alguma coisa na alimentação?
Sim. É fundamental a ingestão de mais líquidos, como sucos, frutas ou um simples copo de água.

3. Quanto às atividades físicas, a gestante deve fazer alguma mudança?
Com certeza. Nada de se exercitar debaixo do sol escaldante do meio-dia. E, principalmente, beber muita água antes, durante e depois da atividade.

4. Por que os lábios ficam rachados? O que fazer?
“Os lábios sofrem por ressecamento ou mesmo por hábito de umidificar sempre com a saliva, o que favorece as rachaduras. Use a famosa manteiga de cacau ou um batom hidratante”, orienta a ginecologista e obstetra Mariangela Maluf.

5. Por que é comum ter dor de cabeça quando o tempo está tão seco?
Com o tempo seco, a pressão pode cair por falta de uma hidratação adequada e isso leva à dor de cabeça. Por isso, é tão importante aumentar o consumo de água e sucos.

6. Existem dicas para as gestantes conseguirem dormir melhor?
“Para dormir melhor, procure não cochilar durante o dia”, explica Mariangela Maluf, ginecologista e obstetra do Centro Especializado em Reprodução Humana, de São Paulo. O ambiente também influencia – e muito – o sono. Então providencie uma maneira de deixar o quarto úmido e arejado.

Crianças
1. Quais os efeitos do ar seco nas vias respiratórias?

“As vias aéreas dependem de uma cobertura de muco, que exerce a função de filtrar o ar inspirado e também de umidificá-lo para que ele chegue aos pulmões. No tempo seco, esse muco fica mais espesso e acaba não exercendo muito bem essas funções”, explica Fabrízio Romano, otorrinolaringologista pediátrico do Hospital Infantil Sabará, de São Paulo. Para piorar, a baixa umidade facilita o aumento da concentração de poluentes no ar. “Isso causa irritação na garganta e nariz. A imunidade cai, piora os quadros de rinite e asma. Afinal, a poeira acompanhada de bactérias chega mais facilmente ao corpo da criança”, completa o otorrinolaringologista.
2. O tempo seco aumenta a incidência de sinusite?

Sim. Aliás, aumenta também a incidência de outros problemas, como faringite e rinite. Isso acontece porque, quando o ar está seco demais, nossa pele resseca na mesma proporção. Inclusive a pele que reveste as vias aéreas, canais pelos quais o ar passa ao respirarmos. “Esse ressecamento causa maior irritação, proliferação bacteriana e maior contato com substâncias alergênicas. Assim, aumentam as chances de inflamação e infecção”, explica Victor Nudelman, pediatra e neonatologista do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo.
3. Por que as crianças sentem dor de cabeça?

“Geralmente, relaciona-se a desidratação aos dias secos. Mas existem outras causas de cefaleia, que são: sono de má qualidade, estresse (muitas atividades ou ficar muito tempo no trânsito) e períodos longos em jejum”, alerta o pediatra Victor Nudelman. Por isso, é fundamental, para crianças e adultos, a ingestão constante de líquidos.
4. Que atitudes podem ajudar a aliviar esses sintomas?

Nessas horas, o soro fisiológico é um grande aliado. A mãe pode pingá-lo diretamente no nariz da criança ou fazer inalações com o soro. “Dessa forma, mais fluidas se tornam a secreções produzidas pelo nosso organismo, e sua eliminação, mais fácil”, aconselha Bernardo Kiertsman, pneumologista infantil e chefe do serviço de pneumologia pediátrica da Santa Casa de São Paulo. Outra sugestão é evitar ambientes fechados demais ou com aglomerações, o que facilita o risco de contato com vírus e bactérias.
5. Como aliviar o nariz ressecado?

Uma boa dica é pingar o soro fisiológico. “Mas lembre-se de que, se estiver muito frio, o líquido gelado pode irritar a mucosa. O ideal, então, é usá-lo na temperatura do corpo”, ensina o otorrinolaringologista Fabrízio Romano. Uma dica é esfregar o frasco entre as mãos. Isso aquece o soro, deixando-o numa temperatura similar à do organismo.
6. Quando é preciso correr para o hospital?

Se há muita tosse ou se a criança estiver com algum tipo de dificuldade para respirar.
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Casa

1. O que é melhor: umidificador de ar ou bacia de água?

“Tudo que você puder fazer para melhorar a secura do ambiente é válido. O umidificador é prático, mas na falta dele você pode usar toalhas molhadas ou bacias com água”, orienta Fabrízio Romano, otorrinolaringologista pediátrico do Hospital Infantil Sabará.

Uma alternativa é usar a hora do banho para fazer uma nebulização natural e ajudar a umidificar o ambiente do quarto, caso seja uma suíte.

2. Quais os cuidados necessários com o umidificador de ar?

“O importante é aumentar a umidificação do ambiente para entre 45 e 55%, sem excessos. Deixar um umidificador com uma saída exagerada de vapor pode deixar as paredes molhadas e propiciar o crescimento de fungos, o mofo”, ensina Victor Nudelman, pediatra e neonatologista do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo. Além disso, é essencial manter o aparelho e os seus filtros bem limpos.

3. É importante passar um pano úmido na casa todos os dias?

Sim, o pano úmido é importante para retirar a poeira assentada sobre os móveis e cantos. Quanto ao aspirador de pó, ele merece atenção no manuseio. Nada de usá-lo perto de crianças, para que elas não respirem o pó que vaza.

4. É necessário tirar os ursos de pelúcia do quarto da criança?

Isso vale apenas para as crianças alérgicas.

5. É uma boa época para lavar tapetes e cortinas?

“É uma boa época para não usar tapetes e cortinas na casa, já que esses artigos vão absorver uma grande quantidade de pó e ácaros”, enfatiza o pediatra Victor Nudelman.

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